[caption id="" align="aligncenter" width="580"] Foto de bilhete deixado em moto atingida, em Santos (SP), ganhou repercussão na internet (Foto: Marcos Garcia/Arquivo Pessoal)[/caption]
Um acidente de trânsito considerado comum para muitos virou um caso de bom exemplo em Santos, no litoral paulista. Preocupado com uma moto que havia acabado de destruir em uma colisão, o motorista de uma van escolar deixou um bilhete com o próprio contato no veículo atingido. A atitude nobre ganhou grande repercussão nas redes sociais e acabou viralizando nesta segunda-feira (3).
Morador de Guarujá, o motorista Marcos Garcia, de 35 anos, vai para Santos, cidade em que trabalha, todos os dias. "Deixo a moto estacionada e vou andando, pois, trabalho em uma área no Porto. Nesse dia, quando voltei do serviço, tive a surpresa", conta Garcia, que em outras situações, já teve peças furtadas da moto no mesmo local onde ela estava durante a batida.
"Já roubaram até o cabo da embreagem. Mas, quando vi o farol pendurado, já pensei no grande prejuízo que teria, além do dia de trabalho que eu perderia para resolver esse problema. Foi quando cheguei mais perto da moto e vi o bilhete", diz ele.
[caption id="" align="aligncenter" width="474"] Moto ficou com farol pendurada após batida, em Santo (SP); dono do veículo não pagou pelo conserto (Foto: Marcos Garcia/Arquivo Pessoal)[/caption]
Em um pedaço de folha de caderno, o motorista de van escolar Paulino Cândido, de 59 anos, não só confessou a batida, como também se colocou à disposição de Garcia. “Eu estava trabalhando, vi que errei, mas fiz questão de me identificar”, explica.
Cândido deixou o número de telefone no qual Garcia entrou em contato, e foi orientado a ir em uma oficina de confiança do perueiro. “Lá não tinha peças para a minha moto. Foi quando ele me disse para comprá-las em outra loja e levar o recibo para ele me ressarcir. Ele me pagou certinho”, explica.
Depois de tudo resolvido, restou para o motorista agradecer. “A primeira reação foi de surpresa. A gente vê tanta coisa ruim por aí. Se divulgarmos o bem, talvez isso vire uma influência para outras pessoas. Ainda há gente boa no mundo", diz.
Já Cândido ficou feliz com a gratidão da pessoa que mal conhece, embora ache tudo normal. "Fui criado assim. É uma questão de educação. Tem gente que bate, vai embora, vira para trás e ri. Fico feliz que sirva de exemplo. Se acontecer de novo eu repetiria a atitude. Mas tomara que não aconteça", finaliza
G1 Santos
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