Jeffrey Arguedas/EFE - 30.1.2019[/caption]
Uma médica e ativista pelo desarmamento nuclear denunciou diante das autoridades da Costa Rica o ex-presidente do país e Prêmio Nobel da Paz Óscar Arias por um suposto estupro ocorrido em dezembro de 2014.
O caso foi revelado nesta terça-feira pelo "Semanário Universidad", que na reportagem inclui extratos da denúncia e uma entrevista com a mulher, cuja identidade não foi revelada, apenas detalhes como que é filha de uma ex-deputada do mesmo partido de Arias.
A denúncia foi apresentada na segunda-feira (5) e a equipe legal do ex-mandatário disse que não fará referências ao caso até analisar profundamente seu conteúdo.
A denunciante é descrita pelo "Semanário Universidad" como uma médica e ativista pelo desarmamento nuclear que supostamente foi vítima de estupro durante uma reunião com Arias na casa do ex-presidente.
O relato da mulher afirma que Arias tocou em seus seios, a beijou e introduziu os dedos na sua vagina, apesar de ela ter pedido para ele parar.
"Eu não sabia o que fazer, me sentia presa naquele momento", disse a mulher ao "Semanário Universidad".
Segundo a denunciante, Arias, presidente em dois períodos (1986-1990 e 2006-2010), saiu do escritório em que estavam e pediu para que fossem a outro lugar, foi quando ela aproveitou para ir embora.
"A médica tinha então 30 anos de idade, liderava a filial na Costa Rica de uma ONG internacional dedicada ao ativismo para abolir as armas nucleares e tinha conhecido o prêmio Nobel através de sua mãe, que foi deputada pelo Partido Libertação Nacional (PLN)", mesmo de Arias, afirmou o Semanário.
Segundo o relato, ela compareceu à casa do ex-mandatário para entregar uma pasta com papéis que continham informações sobre a campanha antinuclear, pois ele lhe apoiava na causa.
"A médica assegura que, desde dezembro de 2014 até o momento, passou por diferentes estados de ânimo e teve sentimentos diferentes com relação ao tema. Por momentos, diz, tentava esquecer totalmente o episódio e em outros, sentia coragem para denunciar", detalha a reportagem do "Semanário Universidad".
Segundo a vítima, a decisão de fazer a denúncia ocorreu porque considera que existe um contexto de apoio depois que outras mulheres no mundo fizeram denúncias similares e foram atendidas, indicou a reportagem.
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